Após o dia 1 de julho, a sua conta não receberá mais dados. Basicamente, isso significa que tem poucos dias para criar a sua nova conta do Google Analytics 4 (GA4), caso ainda não tenha criado uma.
Obviamente, pode optar pela segunda opção e deixar que o Google crie automaticamente uma conta do GA4 para si (a menos que cancele essa opção). No entanto, não recomendamos esta via, e o próprio Google também não, pois afirma que deve fazê-lo manualmente, uma vez que existem diferenças entre as duas plataformas, podendo resultar em erros nos dados.
Se ainda não criou uma propriedade de GA4, talvez queira dar uma vista de olhos no nosso guia de implementação, no qual explicamos passo a passo como fazê-lo.
Nesta lista, vai encontrar as principais ações que deve ter em consideração após criar a propriedade de GA4, para que possa tirar o máximo partido das ferramentas que a plataforma tem para oferecer.
A stream de dados é onde pode fazer uma série de alterações. Esta oferece uma grande variedade de ações que podem ser realizadas dentro da secção de Administração.
Para começar, há vários eventos que são registados automaticamente, os quais podem ser acedidos na secção de “Medição Otimizada”. É recomendado analisar esses eventos e desativar aqueles que não são relevantes para o seu website. No entanto, se os deixar ativados não causará nenhum problema.
Se estiver a monitorizar alguns destes eventos através do Google Tag Manager (GTM), é aconselhável desativar os eventos correspondentes na secção de Medição Otimizada, para evitar dados duplicados. Por exemplo, o GA4 monitoriza automaticamente os downloads de ficheiros, sendo, por isso, importante desativar esta opção se já estiver a monitorizar downloads de ficheiros com o GTM, para evitar eventos duplicados.
No GA4 é possível criar eventos, mas tenha em mente que eles podem ser criados apenas com base nos eventos existentes. Isto significa que pode criar eventos na plataforma, mas apenas a partir dos eventos que estão disponíveis.
Embora esta possa ser uma boa opção caso não saiba como trabalhar com o GTM, existem algumas limitações. Por exemplo, não conseguirá fazer o “tracking” de dados de comércio eletrónico ou submissões de formulário específicas. Apesar de o GA4 poder registar submissões de formulário, se tiver mais que um formulário no site, será difícil saber qual deles é que foi ativado.
Recomendamos que crie os eventos que vão ao encontro das suas necessidades e objetivos. Contudo, estes são alguns dos eventos que um website “normal” tem: cliques em números de telefone, submissões de formulários ou cliques em botões. Se o seu website for uma loja online, deverá criar eventos relacionados com e-commerce, tais como purchase (este vem por defeito), add to cart, view product, checkout, entre outros. Por outro lado, se o seu website for um blogue ou um jornal online, considere implementar “profundidade de deslocamento” (scroll depth).
O número de eventos está sempre dependente do website em si e dos objetivos de negócio.
Independentemente dos eventos que criar, é importante que estes respeitem determinadas diretrizes. Abaixo apresentamos as mais importantes:
Existem já alguns nomes de eventos sugeridos pela Google que pode usar. Caso adote esses ou caso opte por criar os seus próprios eventos, não se esqueça que os nomes que escolher irão depois aparecer nos seus relatórios. Desta forma, é melhor que os nomes que use sejam simples. Recomendamos que elabore uma lista com os nomes que criar e qual a ação a que se referem.
Depois de definir e criar os seus eventos, deve escolher aqueles que serão considerados conversões. Pode encontrar tanto os eventos como as conversões na secção de Administração do GA4.
Mas para que possa fazer isso, é necessário que primeiro perceba a diferença entre eles. Basicamente, todas as conversões são eventos, mas nem todos os eventos são conversões. Confuso? Permita-nos clarificar: um evento é considerado uma microconversão, isto é, uma ação menor realizada por um utilizador que não leva diretamente a uma conversão nesse momento. Age como um ponto de contacto na jornada do cliente. Alguns exemplos são cliques em botões, profundidade de deslocamento, submissões de newsletters, assistir a vídeos, etc. Estas ações podem trazer resultados, mas no longo prazo.
Por outro lado, uma conversão é uma ação que traz receita ou tem potencial de trazer receita no imediato. Estas são macroconversões e podem ser compras de produtos, ou a submissão de um formulário, por exemplo, de alguém a solicitar um orçamento. Para concluir, eventos são pequenos pontos de contacto e conversões trazem receita no momento presente.
É normal que tenha mais eventos que conversões, uma vez que as conversões são ações muito específicas. Então, quais é que deve escolher como conversões? Bem, uma vez mais, depende principalmente dos objetivos da empresa e do website em si. Neste momento, já deve ter percebido a diferença entre ambos e poderá tomar essa decisão.
Quando criar um evento, pode demorar algumas horas até que este comece a receber dados. Além disso, após a criação dos eventos, na secção de “Eventos”, poderá depois escolher quais os que serão definidos como conversões. E, para tal, só terá de escolher a opção “marcar como conversão”.
São várias as plataformas que pode conectar com a sua conta de GA4. De todas as que pode conectar, sugerimos pelo menos duas: Google Ads e Google Search Console. Pode fazê-lo na secção de Administração, depois na parte de “Associações de Produtos”. Em ambos os casos, o processo é bastante simples e intuitivo. É mais fácil se usar o mesmo email para as três plataformas. A menos que faça a gestão de várias contas, verá imediatamente as suas propriedades.
Dicas:
As audiências vão permitir que faça a segmentação dos visitantes do seu website, podendo depois fazer a análise desses grupos individualmente. As audiências não são retroativas, ou seja, quando cria uma audiência, esta começará a receber dados a partir do momento em que é criada. Isto é importante, principalmente para Google Ads, pois se quiser fazer campanhas de remarketing, a audiência tem de ter um número mínimo de utilizadores. Desta forma, quando mais cedo criá-las, mais cedo estarão prontas a ser usadas.
Dica: as audiências são importadas diretamente para Google Ads após serem criadas no GA4.
Para aqueles que estão familiarizados com o Analytics Universal, a taxa de rejeição é uma das métricas mais importantes, pois fornece informações valiosas sobre a relevância das páginas e do conteúdo.
No GA4, a taxa de rejeição não estava disponível, mas foi posteriormente introduzida pela Google. Em vez desta, havia sido criada a “Taxa de interação”, como o reverso da taxa de rejeição. Esta taxa representa, portanto, o contrário da taxa de rejeição. Por exemplo, se a sua taxa de interação for 30%, isso significa que a sua taxa de rejeição é de 70%.
Se preferir monitorizar a taxa de rejeição no GA4, precisa de a adicionar manualmente aos seus relatórios, uma vez que esta não vem incluída por defeito. Esta é forma como pode fazê-lo:
No GA4, a secção de “Explorações” permite a criação de relatórios personalizados para uma análise mais detalhada. No entanto, há uma pequena limitação que vem por defeito: só é possível ver os dados nesta secção para os últimos dois meses. Felizmente, é possível alterar este limite, podendo ter um período mais alargado de análise.
Para fazer essa alteração, siga estes passos:
Tenha em mente que esta alteração apenas se aplica aos relatórios de “Explorações”. Para os demais relatórios, não há limites de dados.
Nesta secção, pode personalizar os seus relatórios. Pode adicionar novos relatórios ou remover os que não precisa. Por exemplo, se o seu website não é uma loja de comércio eletrónico, pode remover a secção de “Rentabilização”. Ou, se preferir, pode adicionar relatórios a que estava habituado no Analytics Universal.
No futuro, eventualmente, a lista pode mudar, pois poderão ser adicionadas novas funcionalidades à plataforma, mas, por agora, estes são os que recomendamos.
Tem alguma dúvida ou questão? Não hesite em falar connosco. De certeza que o poderemos ajudar.
Imagens por Data Driven via Colleen Burton | Simo Ahava | Support Google | Digital Debrief